O DJ e produtor Philip Braunstein, peça chave da trajetória da música eletrônica brasileira nesta década, selou volta à região Sul do País com polivalência e maturidade. Marca disso é ter assumido, em 2009, a produção musical do Life is A Loop, maior show nacional de eletrônica. Por conta da aliança firmada, Philip fixou residência em Florianópolis, dedicado a operar a maquinaria do trio, formado por Fabrício Peçanha, Leozinho e Rodrigo Paciornik.
Experiente e versátil, Philip dedicou os últimos três anos à produção de trilhas para publicidade. Antes de rumar para Santa Catarina, ganhou ao lado do compositor Hilton Raw – dono de uma das principais produtoras de som para publicidade do Brasil – alguns dos prêmios mais disputados do setor, tais como o Leão do Festival de Publicidade de Cannes e o Colunistas. Com a propaganda, exercitou a habilidade de produzir estilos musicais diversos, para além da eletrônica, o que já pode ser apreciado em seu trabalho junto ao Life is a Loop, com quem remixou “Seis e Trinta”, da banda Jota Quest.
Philip conquistou prêmios não só na publicidade. O gaúcho participou da trilha-sonora do aclamado filme Cidade de Deus, indicado a quatro estatuetas do Oscar em 2003. Com a paulista Paula Chalup, sua parceira no projeto, fundou ainda o selo Special Series, representado pela distribuidora holandesa Triple Vision. Ao longo dos seis anos que passou em São Paulo, integrou a residência dos sábados do saudoso Lov.e Club e foi celebrado por veículos como MTV e Folha de S. Paulo, além de revistas especializadas em eletrônica no Brasil e no exterior, tais como Jockey Slut, DJ Mag, Beatz e Volume 1.
Além da rotina no estúdio montado na Praia de Jurerê Internacional, o portoalegrense voltou a discotecar Brasil afora, com uma mistura bem dosada entre techno e house. Produtores como Carl Craig, Âme, Martin Buttrich e Henrik Schwarz têm frequentado o case de Philip, que assume toca-discos com a propriedade de quem subiu aos palcos de megaeventos como Skol Beats e Brasília Music Festival. Pioneiro na fusão entre discotecagem e live PA no Brasil, Philip conquistou ainda elogios de artistas como Carl Cox, Laurent Garnier e Jeff Mills lançando pelos selos Superbra, G-force, Dark House Music e Patterns, dentre outros.
A essa discografia vão somar-se as novas músicas de Philip e seus comparsas, que sairão em breve do quartel-general do Life is a Loop em Jurerê. Os lançamentos ocorrem em simultâneo com a próxima turnê de Fabrício Peçanha, Leozinho e Paciornik, a ser acompanhada por Philip em boa parte de suas datas. Com o conterrâneo Fabrício, Philip prepara ainda um novo selo, pelo qual a dupla pretende publicar faixas autorais e de outros artistas.